A Impressão com Tipos Moveis

    
   Os antropólogos creditam o advento da escrita como o ponto de passagem entre a Pré-história e a História. A escrita permitiu que os pensamentos pudessem ser registrados. Mais tarde, a impressão permitiu que fossem produzidas múltiplas cópias de páginas de livros. Pela primeira vez na História, os pensamentos e idéias das grandes mentes podiam ser comunicados às massas por intermédio de livros que, até então, eram escritos em latim e produzidos em quantidade limitada para os clérigos e a nobreza.     Para resumirmos o impacto causado pela impressão, ela alfabetizou um mundo praticamente
de analfabetos. Tudo começou com blocos de madeira nos quais um dos lados possuía letras em alto-relevo. Os blocos eram posicionados em ordem dentro de uma moldura e cobertos de tinta; posteriormente, uma folha de papel era pressionada contra eles. Quando o papel era removido, uma cópia pintada das letras permanecia impressa no papel.
   A impressão com tipos móveis permitia que uma pessoa fizesse o serviço de muitas. Em um único dia, uma pessoa conseguia produzir o que um escrivão levaria um ano para fazer.
   Mas havia um problema com os blocos de madeira. Com o passar do tempo e o uso, eles começavam a se desintegrar e novos blocos precisavam ser produzidos. E justamente nesse momento que entra em cena Johannes Gutenberg, um impressor alemão. Gutenberg desenvolveu um molde em liga de metal para cada letra que resistia melhor ao passar do tempo e podia ser reutilizado infinitas vezes. De fato, seu método de reprodução mecânica de material impresso demonstrou-se tão eficaz que nenhuma mudança significativa foi feita no método de impressão em mais de 500 anos. Sua invenção permitiu que o impressor não somente montasse palavras a partir dos moldes de letras individuais, mas também que se organizassem as palavras em linhas niveladas, colocando várias dessas linhas juntas em um único modelo. Esse sistema permitiu que os impressores fizessem algo que eles nunca tiveram capacidade de fazer: produzir milhares de cópias de uma mesma página. A invenção de Gutenberg também serviu para outro propósito: permitiu que as pessoas lessem, o que representou um aumento expressivo da alfabetização.

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