Maquina de Solda

   A humanidade produziu uma variedade impressionante de ferramentas manuais e elétricas capazes de consertar, efetuar a manutenção e construir tudo em sua vida, da chave de fenda elétrica à serra
que torna rápido o trabalho de derrubar uma árvore, a um torno mecânico que pode criar objetos maravilhosamente moldados. Mas existe uma ferramenta discreta e notável que poderia reivindicar o
posto de maior instrumento jamais inventado: a máquina de solda. A máquina de solda, da qual uma série de versões foi desenvolvida ao longo dos anos, está presente praticamente em tudo de importante em nossas vidas e na de nossos ancestrais. De fato, quase tudo que usamos no nosso dia-a-dia depende de objetos cujas junções foram soldadas e, em termos mais simples, a solda poderia ser descrita como o método de unir dois pedaços de metal permanentemente, de modo que passem a funcionar como uma peça única. Quando necessário, os soldadores também podem usar seu equipamento para cortar metal (quando ocorre o desabamento de um edifício, é comum se observar a presença de soldadores cortando os escombros na tentativa de resgatarem sobreviventes). Algumas das atividades que envolvem a solda incluem a montagem
de automóveis, a fabricação de pequenos utensílios, a união das estruturas metálicas dos arranha-céus e até mesmo a construção de navios, pontes e aparelhos eletrônicos. As máquinas de solda funcionam em qualquer ambiente: interno ou externo e até mesmo dentro da água. A solda é vital para a economia de diversos paíiet, ln< luindo os Estados Unidos, onde se estima que ela esteja envolvida, direta ou indiretamente, em 5 0% do Produto Interno Bruto. É difícil acreditar que esse valor venha a ser alterado.
   Os exemplos mais remotos da solda podem ser observados em pequenas caixas de ouro cujas abas foram unidas por solda durante 'a Era do Bronze. Existem também evidências de seu uso na Idade Média, período em que podem ser encontradas peças que foram soldadas por ferreiros, num método conhecido como "solda
a forja". A descoberta do "acetileno" ocorreu em 1836, pelo inglês Sir Edmund Davy. Foi no final do século XIX que a "solda a gás" e o corte se tornaram populares.
Em 1885, o russo Nikolai N. Bernados foi a primeira pessoa a obter uma licença de patente para a solda, juntamente com Stanislaus Olzeswski, de mesma nacionalidade. Bernados, que na época trabalhava na França, usava o calor gerado por um arco voltaico para unir placas de chumbo utilizadas numa bateria. Este foi o início oficial da "solda de arco carbono".
   Em 1890, ocorreu um novo desenvolvimento no processo da solda, quando o americano C. L. Coffin obteve a licença de patente para o processo de solda de arco, que utilizava um eletrodo que depositava um "enchimento" nas peças de metal a serem ligadas. Na virada do século XX, a solda de arco continuou a ser aperfeiçoada e outras novas formas de solda começaram a ser utilizadas, como a "solda de resistência", um processo no qual duas peças de metal eram unidas por intermédio da passagem de corrente entre dois eletrodos posicionados em lados opostos das peças a serem soldadas. Esse método não produz um arco voltaico. A solda ocorria porque o metal resiste à passagem de corrente, fazendo com que ocorra um aquecimento, resultando na fissão e na solda por ponto, que é geralmente utilizada em peças com desenhos justapostos. A solda a gás foi aperfeiçoada durante esse período. Vários gases foram utilizados, sendo que o desenvolvimento da solda com acetileno a baixa pressão utilizada com um maçarico acabou sendo a mais reconhecida. Um americano, Elihu Thompson, inventou a "solda com arco elétrico", em 1877, e obteve a patente em 1919. A Primeira Guerra Mundial assistiu a um crescimento na demanda de armamentos, e a solda, um método rápido de unir duas peças de metal com a maior segurança possível, foi muito exigida.
   Com o passar dos anos, tanto a solda a gás quanto a elétrica continuaram a ser desenvolvidas e aprimoradas (como todo invento), até o método mais recente, chamado "solda por fricção", que utiliza a velocidade rotacional e a pressão para fornecer calor. Esse método foi desenvolvido na antiga União Soviética.
   A solda a laser é um dos processos mais novos, que foi desenvolvido originalmente pelos Laboratórios Bell para utilização em aparelhos de comunicação. Mas, devido ao enorme foco de energia numa área pequena, o laser veio a se tornar uma poderosa fonte de calor, utilizada tanto no corte como na junção de materiais.
Em resumo, não importando o método ou o metal (e hoje quase todo metal pode ser soldado), a solda consiste no aquecimento de metais até a temperatura em que eles se liquefazem, e, quando as partes a serem unidas são colocadas juntas, a peça soldada fica como o metal original. Nenhuma união pode ser mais
resistente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário